quarta-feira, 24 de abril de 2013

Minha tecnologia

Quando vemos tantas crianças com aparelhos celulares, tablets e lindas criações do Tio Jobs, não paramos pra pensar como tudo isto é recente. A tecnologia começou a aparecer aos poucos à nossa volta, como se fosse algo de outro mundo, e hoje não sabemos mais o que fazer sem ela. Parei para pensar a respeito e resolvi escrever uma postagem.
Quando eu era criança (isso não faz tanto tempo assim, tenho apenas 23 anos), as coisas mais tecnológicas que tínhamos em casa eram o rádio (AM/FM, toca-fitas e disco de vinil) e a televisão (20 polegadas com caixa de madeira, controlada por um aparelho conversor UHF). Para as pessoas mais jovens, que nunca ouviram falar em UHF, era um aparelho ligado à TV, onde você rodava um botão até chegar no canal que você queria (o que era horrível se o canal desejado fosse o último) e não tinha controle remoto.
Quando os video-cassetes estavam no auge, meus pais compraram um. Tinha um controle remoto simples que apenas reproduzia as fitas e mudavam de canal caso você cadastrasse manualmente cada canal no video-cassete.
Para se ter um telefone fixo era uma fortuna. Era difícil quem possuía uma linha telefônica e não existiam muitas operadoras, então não tinha competição de preço.
Aos seis anos de idade, meus pais me deram um dos presentes mais tecnológicos da época: uma televisão de 5 polegadas preto-e-branco + AM/FM, sem controle remoto e um videogame Memory Game com 128 jogos do ATARI registrados na memória (sim, o ATARI tinha todos estes jogos e vocês só conhecem o PacMan). Já joguei o ATARI original também na casa da minha prima.
Com o tempo, a tecnologia foi aumentando e começamos a comprar Cds e aparelhos de Cds, além dos celulares conhecidos hoje como Tijolões.
Para quem está acostumado com Iphone, Android, etc, a tecnologia dos Tijolões era realmente poder atender um telefone fora da tomada e servir de despertador.
Apenas com 15 anos de idade tive meu primeiro computador. Comprei de um técnico que trabalhava por conta e ninguém em casa entendia de informática. Ele veio com Windows Millenium (que já é um lixo à parte), sem cooler (o cara fez um favor de deixar a máquina bixada pra gente ter que procurá-lo mais vezes) e a nossa Internet era discada (nem sei se já existia banda larga na época).
Antes da época da Internet, eu costumava fazer trabalho de escola manuais com meus amigos de classe na Biblioteca Municipal, onde procurávamos os livros pelo assunto, até encontrarmos alguma fonte boa, tirávamos fotocópias e escrevíamos na folha de almaço. Quando eu queria apresentar um trabalho mais sofisticado, eu datilografafa na máquina de escrever.
Mais tarde foram surgindo os celulares nokia, o celular já tinha Snake. Naquela época, se um celular tivesse o famoso jogo da cobrinha, ele não precisava nem atender telefonemas.
Hoje sou da área de informática, mas não sou doente por tecnologia. Não sou do tipo que pessoa que precisa ter sempre o último modelo de alguma coisa. Se o modelo que eu tenho faz tudo o que eu preciso, já é o bastante...