quarta-feira, 18 de junho de 2014

Então é natal...

Bem fora de época escrever um post natalino em junho, com tantos outros eventos acontecendo. Copa do mundo no Brasil, manifestações contra o governo em um ano de eleição.
Na minha família, porém, o Natal costuma ser uma das datas mais aguardadas por todos. É uma data em que todos nós nos reunimos para uma grande festa, com direito a amigo secreto (ou amigo aculto em algumas regiões do país), muita comida e muita diversão.
Para uma família do tamanho da minha, não é necessário muita coisa para que tudo vire festa. Meus avós tiveram doze filhos, que tiveram ao todo 18 filhos e 5 netos, fora os que estão por vir. Juntando todos estes com seus noivos, esposos, namorados, já nos proporcionam um evento enorme. Como somos unidos, dificilmente um de nós não participa do encontro anual.
Não sei se houveram outras tentativas de comemoração natalina antes na família, mas me lembro da tradição a partir do ano de 1994. Eu tinha apenas 4 anos de idade e muitos de nós, pequenos, nem entendíamos direito como funcionava, mas logo gostamos da brincadeira.
Atualmente, a brincadeira de troca de presentes chega a durar duas horas seguidas ou mais, fora os momentos de lazer em família.
No ano de 1994, o que marcou foi minha "desenvoltura" pra falar em público. Eu tinha tirado o meu primo e meus pais compraram um jogo de futebol de botão. Sem saber o que fazer e toda melecada de pirulito, não conseguia dizer quem era o meu amigo secreto e muito menos falar alguma coisa sobre ele. Nervosa, comecei a sacudir a caixinha, dando pulos e rindo sem saber porque. Até que me disseram que eu poderia entregar o prresente sem falar nada e apidamente entreguei o presente na mão dele. Até hoje, quase 20 anos depois, é comum a família toda comentar o fato quando é minha vez de entregar o presente.
Ao fim do natal de 1994, quando tínhamos desfrutado de toda a festa, minha prima chegou até minha tia, que tinha organizado tudo e disse: Obrigada, tia, por ter inventado o natal!
Em alguns anos fizemos algumas apresentações de dança e em um ano montamos um grupo para tocar durante o natal. Não sei se já comentei aqui, mas na minha família todos temos algum talento. Uns dançam, outros tocam instrumentos, outros cantam, outros são bons pregadores da palavra e por aí vai...
Em 1997 ou 1998 acabou a energia elétrica no meio da festa. Não teve como filmar, porque na época as câmeras dependiam de energia elétrica (sim. sou desta época) e iluminamos o ambiente com os faróis de um carro. No decorrer destes anos, surgiram diversos bordões e situações inesquecíveis como esta.
São tantas as lembranças em todos estes anos que é difícil descrever todas em um post, mas tenho certeza que todos os que participaram destes momentos as guardam com o mesmo carinho que eu e esperam ansiosamente que seus filhos e netos tenham as mesmas boas experiências que tivemos.