terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sobrancelhas sobrando

Sou o tipo de pessoa (chata) que odeia errar na escrita e fala da língua portuguesa. Quem costuma trocar mensagens comigo sabe que eu dificilmente abrevio as palavras e comento os meus erros de digitação ou gramática quando eles ocorrem... Pode parecer bizarro, mas é a realidade.
Durante todos estes aninhos que eu já vivi, eu sempre tive a dúvida de qual era a maneira certa de se escrever sobrancelhas. A dúvida surgiu, porque a maioria das pessoas pronuncia SOMBRANCELHAS e não SOBRANCELHAS.  Após pesquisar, descobri a maneira certa de escrever, o difícil é acostumar a falar SOBRANCELHAS, sem colocar o M.
Mais tortura do que tirar o M da sobrancelha, é tirar a sobrancelha da cara... Sério! Conheço pessoas que não sentem e dizem que o que eu sinto é exagero, mas não! É pior do que a sensação de fazer luzes com a touca, quando a cabeleireira puxa os fios de cabelo com a agulha de crochê perto das orelhas (sim, esta sensação é terrível, mas no final vale a pena).
Quando eu era pequena eu tinha vontade de modelar as sobrancelhas, mas eu não sabia como fazer, então fui me aventurar com uma lâmina de barbear e não deu certo. cheguei a arrancar metade da sobrancelha esquerda e minha mãe chegou em casa antes que eu começasse a direita. Ela olhou pra mim com uma cara de indignação que as mães fazem pra gente se sentir culpado e me perguntou o que eu tinha feito na sobrancelha...
Foi um pouco difícil disfarçar o defeito até que os pelinhos nascessem novamente, mas ficou a lição pra eu não não tentar fazer a mesma coisa, até por não ter talento para isto.
Esta é uma outra verdade ao meu respeito: eu não nasci com o dom do salão de beleza. Quase todas as mulheres que eu conheço conseguem fazer penteados mirabolantes, maquiagens profissionais, escovas em si mesmas (eu não arrisco fazer nem nos outros). Eu malemá sei mudar o lado para dividir o cabelo ou prender de uma forma mais simples...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lembranças noturnas...

Eu definitivamente não sou uma criatura noturna, daquelas que funcionam melhor à noite, dorme tarde e acorda mais tarde. Se alguém me vir acordada depois da meia-noite, vai me ver bocejando, olhando fixamente para lugar nenhum, vai ver que eu não vou conseguir prestar atenção em muita coisa e vai me ouvir falando frases sem sentido ou rindo de qualquer coisa. Entretanto, o meu sono não é tão pesado e algumas coisas podem me fazer acordar no meio da noite.
Quando eu tinha cerca de 4 anos de idade eu tive um pesadelo que eu nunca mais esqueci. Apareceu uma espécie de arco-íris no asfalto da rua da minha casa, de onde saíam raios e ele atraía as pessoas para dentro dele e elas simplesmente sumiam. Imagine o quão traumatizante é para uma criança de 4 anos ver toda sua família e vizinhos serem engolidos por um arco-íris no asfalto?
Outra vez, eu tinha cerca de 10 anos de idade e tinha ficado muito chateada com o motorista da van que me levava para a escola e acordava cada vez que lembrava dele. Cheguei a ir até o quarto dos meus pais para desabafar com minha mãe, que me ensinou que nos meus sonhos eu podia fazer qualquer coisa e não precisava ficar refém dos meus medos. Isto me ajudou muito, porque eu controlava os meus medos durante à noite e não sofria mais durante o dia.
Mas o problema é quando a situação não ocorre nos seus sonhos, mas o susto é real:
Certa vez, eu estava dormindo tranquilamente, quando senti um dos meus dentes caindo (e não era sonho!). Acordei assustada e corri para o banheiro. Graças a Deus que não o engoli.
Teve uma época, na antiga casa que eu morava, que um dos canos do encanamento da pia da cozinha começou a vazar, mas por causa do gabinete da pia, não era possível enxergar que havia algo de errado. O problema é que as baratas da vizinhança conseguiram encontrar o defeito rapidamente.
Em uma noite, eu estava dormindo bem e, por um impulso, eu abri os olhos e enxerguei uma barata andando lentamente na direção da minha cama. Eu levantei, não tão lentamente assim para enfrentá-la e, consequentemente, acordar todos na casa.
Em uma outra noite, era a vez da revanche. Eu senti cosquinhas em meu braço e comecei a chacoalhar as mãos. Foi aí que percebi que as cosquinhas pararam. Acendi a lâmpada e vi uma barata correndo para baixo dos móveis do quarto. Pedi a ajuda do meu pai, que deu um fim nela. Quando ele saiu do meu quarto, voltei a apagar a lâmpada e fechei os olhos. Não demorou muito, eu comecei a ouvir um barulho na estante que ficava ao lado da minha cama. Corri para acender novamente a lâmpada e vi uma outra barata na ponta da prateleira, quase caindo na minha cama e outra na prateleira de baixo. Chamei novamente o meu pai, que me socorreu. No dia seguinte ele descobriu o problema no encanamento, que estava atraindo as baratas e tudo foi solucionado.
O duro é que "nem só de baratas se tira o sono". Já aconteceu de eu escutar barulhos durante a noite e dar de cara com uma ratazana na sala, por exemplo...
Quando eu me mudei de casa, há quase 8 anos atrás, eu me mudei para perto do aeroclube da cidade e, durante uns dois meses, eu despertava todos os dias às 5 ou 6 da manhã com o barulho dos ultraleves. Outro problema eram os "shows de forró" ao vivo no barzinho da esquina todas as sextas-feiras. Com o tempo eu me acostumei e estes barulhos já não me atrapalham de dormir.
Se você possui sono pesado e não acorda por qualquer barulho, sinta-se abençoado. Eu não tenho problemas de insônia, mas meus ouvidos não desligam totalmente durante o sono, ao ponto de eu ter que deixar os toques de celular sempre na altura mínima, pra não correr o risco de acordar por causa de um simples "Bom dia grupo!" no whatsapp.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Balanceando as reações

Vou começar o texto confessando uma coisa que poucas pessoas sabem: eu já tirei zero em uma prova. Foi uma vez na vida, mas é traumatizante tirar um zero quando suas notas do boletim são sempre acima da média... (até chegar na faculdade, mas esta é outra história)
Para quem não conhece a história, eu comentei há alguns anos NESTE POST.
O conteúdo desta prova era balanceamento de equações de reações químicas, um conteúdo que não é totalmente intuitivo e que permita que você aprenda só de ver um exercício resolvido no caderno de alguém. Eu precisava de uma explicação para aprender e não tive na época.
Alguns anos depois, este mesmo conteúdo me perseguiria na prova de química da segunda fase do vestibular da Unicamp. Por um milagre de Deus eu não zerei a prova de química e ainda consegui entrar na faculdade.
Estes dias, mais de 11 anos depois do ocorrido, eu decidi que era hora de mudar o meu conceito com relação a este conteúdo. Não é o conteúdo que eu vou utilizar sendo programadora, mas era algo que eu precisava superar. Minha nota zero não mudaria, mas eu não levaria mais em meus ombros o peso de nunca ter aprendido a balancear este tipo de equação. Que tipo de monstruosidade indecifrável poderia existir por trás daquelas combinações e reações de elementos?
Para alcançar este objetivo, procurei por vídeos no Youtube que ensinassem a fazer o tal balanceamento e não é que deu certo? Anos depois de ter tirado zero em uma prova por não saber resolver as questões, eu finalmente posso afirmar que gabaritaria a mesma prova se esta me fosse aplicada novamente. Vai mudar alguma coisa no que eu tenho vivido? Talvez não, mas o importante foi saber que eu tinha capacidade pra entender a matéria, apesar de tudo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

De cara nova

Dizem que há uma grande probabilidade de se elevar a auto estima de uma mulher pela mudança no visual. Não sei se isto é uma verdade absoluta, mas eu, pelo menos, me canso com coisas muito repetitivas. Logo, situações que surpreendem ou fazem algo sair do comum e da rotina, podem sim animar o meu dia.
Não sei se já comentei por aqui, mas no início do ano de 2010 eu passei por vinte dias de paralisia facial. Um dia acordei, como sempre acordava e quando fui escovar os dentes, não conseguia reter a água dentro da boca e fui percebendo aos poucos que meu lado esquerdo do rosto não se movia, nem meu olho chegava a piscar direito. Passei por 20 dias de fisioterapia caseira, receitada por um neurologista e  apenas pessoas muito próximas a mim sabiam o que estava acontecendo comigo.
Com a medicação forte, ganhei alguns quilos a mais, meu rosto inchou e ficou cheio de espinhas gigantes (este, sem dúvida, não é o tipo de mudança no corpo e no visual que uma mulher costuma gostar de ter), além é claro de falar com a boca torta e estar com um olho maior que o outro.
Sabendo da situação que eu estava passando, minha mãe e minhas tias resolveram me dar um corte, uma hidratação e uma pintura no cabelo (que até então eu nunca tinha pintado e já comecei de cara com umas mechas californianas).
Passados os vinte dias de tratamento, retornei ao médico que se impressionou com minha melhora rápida (graças a Deus!).

Falando em mudanças, resolvi mudar um pouco do layout deste blog. Já estava enjoada do visual antigo e já não postava mais. Com a mudança, resolvi que era hora de escrever novas histórias.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Aparelhos celulares

Já passou pela experiência de abrir o guarda-roupas cheio e ter a sensação de não ter nada para vestir? Ou já se sentiu desanimado em fazer algo que um dia já te deu muito prazer e você pensava que faria aquilo para o resto de sua vida? Ou mesmo quando criança, quantos de nós queríamos ser astronautas, cientistas e artistas e provavelmente não realizamos estes sonhos?
Vivemos constantemente afirmando que nossa opinião é única, sendo que mudamos de ideia constantemente. Nós, seres humanos, somos desesperadamente instáveis.
Um exemplo corriqueiro pode ser o celular. Quantos modelos de celular cada um de nós já adquirimos e usamos, pensando ser o mais TOP e, assim que sai outro, ele perde totalmente a graça.
Falando em celular, quando eu tinha meus 15 anos (mais ou menos) eu não queria ter um celular. Isso pode parecer uma afronta para a nova geração que já nasce cadastrado no WhatsApp, mas é a verdade. Embora seja uma profissional da área de tecnologia, eu sou uma pessoa que não procura equipamentos pela marca ou por ser um grande lançamento, mas pelos requisitos que eles apresentam dentro das minhas necessidades. Além disso, naquela época (eis a velha de 25 anos que vos escreve) os celulares não tinham tecnologia TouchScreen, nem reproduziam músicas e vídeos, não filmavam ou tiravam fotografia, não tinha Internet, tinham no máximo uns 3 joguinhos tradicionais, a tela não era colorida e não existiam tantas opções de operadoras de celular. Os celulares serviam apenas para fazer ligações, enviar mensagens (via SMS), servir como despertador e calculadora.
Meu primeiro celular foi um presente dos meus pais. Ele era da Gradiente, tinha uma luz azul e sua tecnologia eram os toques polifônicos.
Não o usei por muito tempo. Ainda com 15 anos de idade me matriculei em um curso de Web Design, daqueles que você aprendia Photoshop, Flash, Corel Draw  e Dreamweaver em um ano de curso. No ato da matrícula recebi um papel com o número 41, que foi sorteado e ganhei outro celular.
Este era um celular da Samsung que nem o jogo da cobrinha tinha nele. Só servia como despertador e pra ligar e mandar mensagem, se você tivesse créditos.
Ele durou por cerca de 4 anos. Eu continuei usando mesmo depois de a tela trincar quando caiu no chão do banheiro da faculdade no final de 2007. Assim que ele parou de funcionar, meu pai me deu o celular dele. Foi meu primeiro celular com tela colorida e com câmera (de baixíssima qualidade).
Usei durante um bom tempo, até que um cara passou e roubou da minha mão. Desde então tive apenas outros dois celulares diferentes, surgiu a internet 3g, as câmeras com melhor resolução, os aplicativos e desde então, com tantas utilidades para um celular, hoje este aparelho se tornou praticamente indispensável por sua praticidade. E agora, a mesma garota que não tinha a mínima vontade de ter um celular, quase tem um infarto cada vez que ele cai ou quando esquece de carregar a bateria...