quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Adeus 2015...

O que dizer de 2015, que mal começou e já está acabando? Posso começar dizendo que foi um dos anos que mais aconteceram mudanças em minha vida.
Desde que noivei em 08 de novembro de 2014 (sim, eu estou noiva!), várias preocupações passaram a circular pela minha cabeça. O que acontecia, é que meu noivo e eu fazíamos parte de uma mesma religião e igreja, mas congregávamos em bairros diferentes. Nos víamos toda semana, mas tínhamos pouco tempo para nós, às vezes nossos compromissos com a igreja nos separavam e sentíamos que precisávamos de mais cumplicidade e companheirismo nesta área.
No começo deste ano falei com minha mãe e minha amiga sobre isto. Os conselhos eram semelhantes e me acalmavam, então decidi que era hora de mudar. Comecei aos poucos a me desligar do que eu fazia na igreja do meu bairro e passei, também aos poucos, a me envolver na igreja onde meu noivo congregava.
De uma hora para outra, várias situações aconteceram ao mesmo tempo, auxiliando na minha mudança (não vou discuti-las aqui, porque envolvem pessoas, fatores, ideias...) e eu decidi ir de vez para a mesma igreja do meu noivo. A princípio, é claro, muda a rotina, conhecemos novas pessoas, trabalhamos a nossa maneira de ver as coisas. Tive bastante apoio de amigos e familiares e isto me ajudou bastante.
Outra mudança neste ano foi o início dos preparativos para o casamento. No início do ano decidimos apenas o salão de festa e, quando olho tudo o que já temos hoje, já é um bom motivo para comemorar.
Neste ano ganhei um cachorrinho novo. Na verdade, meu noivo ganhou, mas está morando na minha casa. É um lhasa apso hiperativo, chamado Floquinho.
Quase na mesma época que ganhei o Floquinho, a Sasha (minha poodle de 13 anos) começou a ficar com tumores enormes nas mamas. Levamos ao veterinário que tratou durante um tempo com remédios, mas disse que para que ela pudesse se curar seria necessário operar.
Fizemos vários exames nela para descobrirmos se ela aguentaria uma cirurgia tão grande de retirada dos tumores e das mamas. No meio do ano ela operou, a cirurgia resultou em um corte de quase 30cm. Quando a veterinária me ligou, dizendo que já tinha notícias da Sasha em tão pouco tempo de cirurgia, eu já me preparei para o pior, mas ela sobreviveu e hoje está bem forte pra idade avançada que ela tem.
Mais uma mudança que aconteceu neste ano é que minhas condições de trabalho receberam um upgrade. Depois de trabalhar durante 4 anos consertando computadores no suporte da Prefeitura, agora estou tendo a chance de desenvolver sistemas web, que é uma área que me agrada bastante.
Enfim, 2015 para mim foi um ano cheio de surpresas, momentos de alegria e tristeza, momentos de afastamentos, aproximações e reaproximações, foi um ano de descobertas, um ano onde eu briguei bravamente com minhas ansiedades e medos da forma mais intensa que pude. Agora ele se encerra e me resta apenas esperar que 2016 surpreenda ainda mais, trazendo à realidade os sonhos, as esperanças e o impossível...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Alguns "ITEs" em minha vida

"ITE: sufixo formador de substantivos, com o significado de inflamação de algum órgão". Ou seja, ITE é o sufixo que mostra que alguma parte do seu corpo já está dando um tilt.
Quem já ouviu algum diagnóstico de uma doença terminada em ITE sabe bem do que estou falando. Sinusite, bronquite, meningite e por aí vai... quando entram em nossas vidas, não passam desapercebidas e nos tiram a paz.
Desde muito nova eu fiquei sabendo que tinha rinite. O mais tenso é que os otorrinolaringologistas dizem que isto não tem cura, a gente consegue amenizar, deixar ela silenciosa, mas não é possível eliminá-la de vez.
Eu ainda não consegui encontrar um profissional da área que me agradasse e até desanima fazer tratamento, sabendo que não é sempre que a rinite ataca e ela não tem cura. Na minha opinião (baseada nos meus anos de experiência), a medicação da rinite é útil apenas quando ela está atacada, pois ela reduz a coriza, destranca o nariz, limpa a garganta, mas, quando não se está sentindo nenhum destes sintomas, eles não fazem nenhum efeito aparente, já que mesmo usando a medicação a rinite não é impedida de atacar... fora ter que ficar passando aqueles sprays no nariz que só te fazem viciar.
Deixo claro, mais uma vez, que isto não é um relato médico, é uma experiência da minha vida. Até agora a única coisa realmente eficaz que eu encontrei contra a rinite é tomar muita água (não sei se isto é comprovado clinicamente, mas toda vez que eu sinto que a rinite vai atacar, vou tomando goles e goles de água até passar).
Contudo, não é sempre que eu estou prevenida nos momentos em que a rinite pode atacar e estes momentos não são poucos, já que qualquer perfume cítrico ou doce demais, fumaça (de qualquer procedência), poeira, cheiro forte e mudanças drásticas no clima, podem fazer com que o problema crônico venha à tona e eu fique sofrendo por uma ou duas semanas, até minha voz e respiração voltarem ao normal.
Depois deste grande desabafo de uma pessoa que sofre há anos com rinite, podemos procurar mais um ITE no meu currículo: a gastrite.
Um dia depois que eu completei 21 anos de idade eu estava indo trabalhar em Campinas e decidi comprar pães de queijo para o pessoal do serviço, a fim de comemorar o meu aniversário. Eu sempre comia daqueles pães de queijo, mas o cheiro deles pareciam estar mais fortes naquele dia, ao ponto de me dar uma forte dor no estômago, um gosto azedo na boca e ânsia de vômito (me desculpe pela riqueza de detalhes). Cheguei ao serviço e mal consegui comer um dos pães de queijo.
Procurei pelos sintomas no Google e constatei que era gastrite. Quando deu o meu horário de saída, voltei para minha cidade e liguei para o meu pai avisando que ia passar pelo médico. Ele, preocupado, perguntou o que eu estava sentindo. Eu disse que o Dr. Google tinha me dito que era gastrite.
Nos encontramos no hospital e a fila de espera estava enorme. Meu pai, com um pouco de pressa, me perguntou se o médico não tinha me passado nenhuma medicação. Eu achei estranha a pergunta e disse que ainda não tinha passado pelo médico. Ele disse: "Mas você não disse que falou com o Dr. Hugo?". Caímos na risada quando eu expliquei quem era o Dr. Google.
Enfim, descobri que tinha gastrite. Comecei a me tratar e o médico me passou uma lista de coisas que eu deveria reduzir ou eliminar da minha alimentação. Eu reduzi a maioria (com exceção do chocolate, leite e iogurte, porque já é pedir demais) e parei de tomar café e refrigerante.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Fotos e Vídeos

"Em época de selfies e redes sociais, eu sou a alface murcha no anúncio do sacolão..."
Começo o post com esta frase, porque é verdade, eu simplesmente não sei posar para fotos ou ter uma boa desenvoltura em um vídeo e (pasmem) também não sirvo pra ficar atrás das câmeras.
É uma dura realidade. Quando eu estou sozinha, não sei tirar uma selfie decente, as fotos do meu Instagram falam por mim e demonstram alguns aspectos: ou eu saio com cara de brava (ou boba) ou eu saio exatamente com o mesmo sorriso em todas elas. Tem gente que de qualquer ângulo que sair em uma foto sai bem, tem gente que decora um ângulo que fica bom e usa deste artifício pra ficar bonito nas fotos e eu ainda não descobri qual é o ângulo que me favorece...
Quando em vídeo, eu não sei parecer espontânea na frente das câmeras (talvez porque eu não seja lá muito espontânea algumas vezes) e junta a timidez, com a montagem de raciocínio para o que eu vou dizer e sai de uma forma estranha, ou melhor, não sai.
Esta pode ser uma boa explicação de porque eu escrevo textos em vez de fazer vídeos para colocar no Youtube. Inclusive, eu agradeço ao Youtube por não ser popular quando eu estava na adolescência, porque me poupou de grandes micos. Eu até escrevia paródias com músicas da época, tinha ideias mirabolantes que fazem youtubers ficarem ricos hoje em dia, mas na época, além do Youtube não ser conhecido (muito menos como ferramenta de trabalho ou profissão), dependíamos de Internet discada para conseguir fazer upload e assistir a um vídeo, ou seja, eu já teria falido também.
E, como eu disse a princípio, eu também não sirvo para filmar ou fotografar alguma coisa. Para este tipo de coisa eu não tenho o mínimo de percepção ou coordenação motora. Pode me dar uma câmera profissional, que tira fotos sozinha e se configura automaticamente, que nem Photoshop ou filtro do Instagram resolve. Pessoas já me pediram para tirar fotos deles e se arrependeram, então hoje em dia eu explico a situação para quem me pede e, se eles não mudam de ideia, a responsabilidade já não é minha. Espero nunca ter que usar um pau-de-selfie, porque se olhando bem na tela e tentando registrar o momento com o maior cuidado, já tremo e desfoco a foto na maior parte das vezes, imagine com a distância de uma vareta comprida?
Se você em algum momento se deparou com uma foto boa minha em alguma de minhas redes sociais, das duas uma: ou outra pessoa tirou (com muito talento) ou ela deve ser no mínimo a minha oitava tentativa de tirar aquela foto...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Relatos verídicos de uma ex-viajante de ônibus

Estava eu aqui, pensando na vida e percebi que faz muito tempo que não ando de ônibus. Hoje, quando não estou de carona com alguém, estou andando de moto e isto tem facilitado muito.
Quando eu dependia do ônibus circular da cidade tive várias frustrações, como esperar mais de meia hora no ponto de ônibus e, quando o ônibus chegou, ele já estava lotado... (isto era terrível)
Mas existem situações que eu presenciei que foram únicas e inesquecíveis e vou comentar algumas delas neste post, além das situações que eu já citei em outros posts, como Sociedade Invisível e Amizades de ônibus.
Certa vez, eu estava sentada no ônibus e um senhor de idade resolveu se sentar ao meu lado. Não tenho nada contra. O engraçado é que ele ficava tentando ler as mensagens que eu estava mandando no celular e os Tweets que eu estava escrevendo... Isto me deixou um pouco desconfortável, porque tira a privacidade, mas o mais engraçado ainda estava por vir. Este senhor tirou do bolso da camisa uma espécie de trouxa que ele fez com um lenço de pano, abriu a trouxa em seu colo e começou a comer os pedaços de pão e bolacha que estavam dentro do lenço. Isto sem dúvida foi algo inédito que eu presenciei...
É super normal, por exemplo, você estar dentro de um ônibus e uma cigana adulta resolve passar pode debaixo da roleta para não pagar a passagem, né? Eu pude presenciar esta cena. Quando a cobradora de ônibus percebeu a façanha, começou a explicar pra ela que ela teria que pagar a passagem. Elas ficaram naquele bate-boca até uma mulher se oferecer para pagar a passagem da cigana.
Bate-boca não é muita novidade para quem andava de ônibus na mesma época que eu. Já presenciei passageiros caçando confusão com o motorista, com cobradores, já vi um cobradora gritando com um menino que entrou pela porta dos fundos sem pagar e sem que tivesse algum benefício que o permitisse fazê-lo, entre outras histórias cabulosas...
Uma vez eu estava indo com minha irmã para o centro da cidade em um sábado de manhã. Quando estávamos nos aproximando do ponto em que desceríamos, o ônibus fez uma curva e o banco onde estávamos sentadas se soltou. Eu rapidamente me segurei em um ferro que estava ao lado, mas minha irmã estava dormindo e só acordou quando caiu no meio do corredor do ônibus com as pernas para cima. Acabamos virando o assunto do ônibus naquele momento...
Uma coisa curiosa que eu já presenciei em um ônibus circular de Campinas foi um homem tocando violão no banco do fundo. Da hora em que entrou até a hora em que saiu, ele ficou tocando uma música atrás da outra, sem a intenção de fazer um show para as outras pessoas, mas só pra se divertir.
Mas, se tem uma coisa que acaba com nossa viagem de ônibus é quando alguém passa mal no mesmo ônibus que você. Já aconteceu de uma criança passar mal no ônibus que eu estava, enquanto estávamos viajando de uma cidade para outra, ou seja, demorou pra passar aquela situação e os momentos de tensão...
Falando de tensão, é mil vezes pior a sensação de passar mal, quando quem passa mal somos nós.
Uma vez, eu estava indo para a Unicamp em Campinas em um ônibus de viagem. O trajeto que ele costumava fazer demorava pelo menos uma hora. Normalmente, eu encostava minha cabeça no banco e dormia até que o ônibus fizesse a primeira parada, mas neste dia foi impossível. Com apenas 10 minutos de viagem, meu intestino começou a ter um piripaque, o ônibus não tinha banheiro e eu fui até Campinas passando mal até que ele parou num primeiro ponto, onde eu desci correndo. Quem nunca?
Esta não foi as únicas vezes que algo estranho aconteceu em um ônibus de viagem. Houve um dia em que eu comprei uma passagem de Campinas para Limeira e, quando eu já estava dentro do ônibus, vi o motorista ligando para a empresa onde ele trabalhava (disfarçadamente, mas eu ouvi) e começou a falar que o ônibus não poderia seguir viagem nas condições em que ele se encontrava, mas mesmo assim a empresa falou que ele continuasse. Eu fiquei pálida na hora. Se eu gritasse, eu iria alarmar várias outras pessoas que estavam no mesmo ônibus. Então eu tomei uma atitude extremamente adulta e sensata: preenchi o formulário do seguro de vida do passageiro, pois se acontecesse algo comigo, eu ou minha família receberíamos pelo menos uma indenização. Esta sem dúvida foi uma viagem em que eu não consegui dormir, fiquei prestando atenção em tudo. De repente eu percebo que o motorista mudou a rota que aquele ônibus sempre fazia e isto me gelou por dentro. Ele continuou até parar em uma borracharia onde ficamos vários minutos até que pudessem resolver o problema e depois, finalmente seguimos o restante da viagem sãos e salvos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Convidada de casamento com traseiro colorido

Casamento é uma data especial onde noivos, parentes e amigos compartilham de momentos únicos de alegria. Todo bom casamento tem seus detalhes escolhidos a dedo pelos noivos, visando a beleza, o conforto, a realização de um sonho. Podem acontecer imprevistos? Claro, principalmente para alguns convidados desavisados.
Eu tinha cerca de uns dez anos de idade quando uma amiga dos meus pais se casou e nos convidou para sua cerimônia. O casamento foi em uma época do ano em que fazia muito frio e minha mãe comprou um conjunto de moletom cinza para mim.
Chegou o dia do casamento e meus pais eram padrinhos. Antes que a cerimônia começasse, meus pais estavam se posicionando no fundo da igreja e eu resolvi me sentar em uma das cadeiras do fundo para esperar. Distraída, só percebi que o assento estava molhado depois que já tinha me sentado.
Levantei assustada e minha mãe logo me levou para o banheiro para tentar secar a minha roupa. Não demorou muito para que a roupa começasse a mudar de cor na área que foi molhada e começamos a sentir o cheiro de água sanitária cada vez mais evidente.
Sem ter nenhuma roupa para trocar, lá estava eu com a calça toda manchada. Com o tempo frio, era difícil tirar a blusa e amarrar na cintura para disfarçar o desastre. Resultado: passei praticamente todo o tempo sentada para que ninguém visse o que me aconteceu.
A blusa, que teve poucas manchas, minha mãe ainda conseguiu salvar. Como boa costureira, ela cortou a parte manchada e completou com uma faixa que combinou com a blusa. Já a calça foi perca total. Ela tentou tingir a calça com uma tinta escura, mas não foi o suficiente.
Depois deste dia eu voltei a sentar na água sanitária? Não. Mas como boa distraída que sou, esta não foi a última vez que passei por apuros com calça manchada. Já me sentei em cadeiras e bancos molhados com água e tive que sair em público como se não tivesse conseguido me segurar até o banheiro, fora vezes que minhas calças mancharam por eu não estar prevenida com absorventes no início da adolescência.
Chega uma hora que as ocorrências são tantas, que desistimos de sentir vergonha e chegamos a encarar com bom humor...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sobrancelhas sobrando

Sou o tipo de pessoa (chata) que odeia errar na escrita e fala da língua portuguesa. Quem costuma trocar mensagens comigo sabe que eu dificilmente abrevio as palavras e comento os meus erros de digitação ou gramática quando eles ocorrem... Pode parecer bizarro, mas é a realidade.
Durante todos estes aninhos que eu já vivi, eu sempre tive a dúvida de qual era a maneira certa de se escrever sobrancelhas. A dúvida surgiu, porque a maioria das pessoas pronuncia SOMBRANCELHAS e não SOBRANCELHAS.  Após pesquisar, descobri a maneira certa de escrever, o difícil é acostumar a falar SOBRANCELHAS, sem colocar o M.
Mais tortura do que tirar o M da sobrancelha, é tirar a sobrancelha da cara... Sério! Conheço pessoas que não sentem e dizem que o que eu sinto é exagero, mas não! É pior do que a sensação de fazer luzes com a touca, quando a cabeleireira puxa os fios de cabelo com a agulha de crochê perto das orelhas (sim, esta sensação é terrível, mas no final vale a pena).
Quando eu era pequena eu tinha vontade de modelar as sobrancelhas, mas eu não sabia como fazer, então fui me aventurar com uma lâmina de barbear e não deu certo. cheguei a arrancar metade da sobrancelha esquerda e minha mãe chegou em casa antes que eu começasse a direita. Ela olhou pra mim com uma cara de indignação que as mães fazem pra gente se sentir culpado e me perguntou o que eu tinha feito na sobrancelha...
Foi um pouco difícil disfarçar o defeito até que os pelinhos nascessem novamente, mas ficou a lição pra eu não não tentar fazer a mesma coisa, até por não ter talento para isto.
Esta é uma outra verdade ao meu respeito: eu não nasci com o dom do salão de beleza. Quase todas as mulheres que eu conheço conseguem fazer penteados mirabolantes, maquiagens profissionais, escovas em si mesmas (eu não arrisco fazer nem nos outros). Eu malemá sei mudar o lado para dividir o cabelo ou prender de uma forma mais simples...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lembranças noturnas...

Eu definitivamente não sou uma criatura noturna, daquelas que funcionam melhor à noite, dorme tarde e acorda mais tarde. Se alguém me vir acordada depois da meia-noite, vai me ver bocejando, olhando fixamente para lugar nenhum, vai ver que eu não vou conseguir prestar atenção em muita coisa e vai me ouvir falando frases sem sentido ou rindo de qualquer coisa. Entretanto, o meu sono não é tão pesado e algumas coisas podem me fazer acordar no meio da noite.
Quando eu tinha cerca de 4 anos de idade eu tive um pesadelo que eu nunca mais esqueci. Apareceu uma espécie de arco-íris no asfalto da rua da minha casa, de onde saíam raios e ele atraía as pessoas para dentro dele e elas simplesmente sumiam. Imagine o quão traumatizante é para uma criança de 4 anos ver toda sua família e vizinhos serem engolidos por um arco-íris no asfalto?
Outra vez, eu tinha cerca de 10 anos de idade e tinha ficado muito chateada com o motorista da van que me levava para a escola e acordava cada vez que lembrava dele. Cheguei a ir até o quarto dos meus pais para desabafar com minha mãe, que me ensinou que nos meus sonhos eu podia fazer qualquer coisa e não precisava ficar refém dos meus medos. Isto me ajudou muito, porque eu controlava os meus medos durante à noite e não sofria mais durante o dia.
Mas o problema é quando a situação não ocorre nos seus sonhos, mas o susto é real:
Certa vez, eu estava dormindo tranquilamente, quando senti um dos meus dentes caindo (e não era sonho!). Acordei assustada e corri para o banheiro. Graças a Deus que não o engoli.
Teve uma época, na antiga casa que eu morava, que um dos canos do encanamento da pia da cozinha começou a vazar, mas por causa do gabinete da pia, não era possível enxergar que havia algo de errado. O problema é que as baratas da vizinhança conseguiram encontrar o defeito rapidamente.
Em uma noite, eu estava dormindo bem e, por um impulso, eu abri os olhos e enxerguei uma barata andando lentamente na direção da minha cama. Eu levantei, não tão lentamente assim para enfrentá-la e, consequentemente, acordar todos na casa.
Em uma outra noite, era a vez da revanche. Eu senti cosquinhas em meu braço e comecei a chacoalhar as mãos. Foi aí que percebi que as cosquinhas pararam. Acendi a lâmpada e vi uma barata correndo para baixo dos móveis do quarto. Pedi a ajuda do meu pai, que deu um fim nela. Quando ele saiu do meu quarto, voltei a apagar a lâmpada e fechei os olhos. Não demorou muito, eu comecei a ouvir um barulho na estante que ficava ao lado da minha cama. Corri para acender novamente a lâmpada e vi uma outra barata na ponta da prateleira, quase caindo na minha cama e outra na prateleira de baixo. Chamei novamente o meu pai, que me socorreu. No dia seguinte ele descobriu o problema no encanamento, que estava atraindo as baratas e tudo foi solucionado.
O duro é que "nem só de baratas se tira o sono". Já aconteceu de eu escutar barulhos durante a noite e dar de cara com uma ratazana na sala, por exemplo...
Quando eu me mudei de casa, há quase 8 anos atrás, eu me mudei para perto do aeroclube da cidade e, durante uns dois meses, eu despertava todos os dias às 5 ou 6 da manhã com o barulho dos ultraleves. Outro problema eram os "shows de forró" ao vivo no barzinho da esquina todas as sextas-feiras. Com o tempo eu me acostumei e estes barulhos já não me atrapalham de dormir.
Se você possui sono pesado e não acorda por qualquer barulho, sinta-se abençoado. Eu não tenho problemas de insônia, mas meus ouvidos não desligam totalmente durante o sono, ao ponto de eu ter que deixar os toques de celular sempre na altura mínima, pra não correr o risco de acordar por causa de um simples "Bom dia grupo!" no whatsapp.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Balanceando as reações

Vou começar o texto confessando uma coisa que poucas pessoas sabem: eu já tirei zero em uma prova. Foi uma vez na vida, mas é traumatizante tirar um zero quando suas notas do boletim são sempre acima da média... (até chegar na faculdade, mas esta é outra história)
Para quem não conhece a história, eu comentei há alguns anos NESTE POST.
O conteúdo desta prova era balanceamento de equações de reações químicas, um conteúdo que não é totalmente intuitivo e que permita que você aprenda só de ver um exercício resolvido no caderno de alguém. Eu precisava de uma explicação para aprender e não tive na época.
Alguns anos depois, este mesmo conteúdo me perseguiria na prova de química da segunda fase do vestibular da Unicamp. Por um milagre de Deus eu não zerei a prova de química e ainda consegui entrar na faculdade.
Estes dias, mais de 11 anos depois do ocorrido, eu decidi que era hora de mudar o meu conceito com relação a este conteúdo. Não é o conteúdo que eu vou utilizar sendo programadora, mas era algo que eu precisava superar. Minha nota zero não mudaria, mas eu não levaria mais em meus ombros o peso de nunca ter aprendido a balancear este tipo de equação. Que tipo de monstruosidade indecifrável poderia existir por trás daquelas combinações e reações de elementos?
Para alcançar este objetivo, procurei por vídeos no Youtube que ensinassem a fazer o tal balanceamento e não é que deu certo? Anos depois de ter tirado zero em uma prova por não saber resolver as questões, eu finalmente posso afirmar que gabaritaria a mesma prova se esta me fosse aplicada novamente. Vai mudar alguma coisa no que eu tenho vivido? Talvez não, mas o importante foi saber que eu tinha capacidade pra entender a matéria, apesar de tudo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

De cara nova

Dizem que há uma grande probabilidade de se elevar a auto estima de uma mulher pela mudança no visual. Não sei se isto é uma verdade absoluta, mas eu, pelo menos, me canso com coisas muito repetitivas. Logo, situações que surpreendem ou fazem algo sair do comum e da rotina, podem sim animar o meu dia.
Não sei se já comentei por aqui, mas no início do ano de 2010 eu passei por vinte dias de paralisia facial. Um dia acordei, como sempre acordava e quando fui escovar os dentes, não conseguia reter a água dentro da boca e fui percebendo aos poucos que meu lado esquerdo do rosto não se movia, nem meu olho chegava a piscar direito. Passei por 20 dias de fisioterapia caseira, receitada por um neurologista e  apenas pessoas muito próximas a mim sabiam o que estava acontecendo comigo.
Com a medicação forte, ganhei alguns quilos a mais, meu rosto inchou e ficou cheio de espinhas gigantes (este, sem dúvida, não é o tipo de mudança no corpo e no visual que uma mulher costuma gostar de ter), além é claro de falar com a boca torta e estar com um olho maior que o outro.
Sabendo da situação que eu estava passando, minha mãe e minhas tias resolveram me dar um corte, uma hidratação e uma pintura no cabelo (que até então eu nunca tinha pintado e já comecei de cara com umas mechas californianas).
Passados os vinte dias de tratamento, retornei ao médico que se impressionou com minha melhora rápida (graças a Deus!).

Falando em mudanças, resolvi mudar um pouco do layout deste blog. Já estava enjoada do visual antigo e já não postava mais. Com a mudança, resolvi que era hora de escrever novas histórias.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Aparelhos celulares

Já passou pela experiência de abrir o guarda-roupas cheio e ter a sensação de não ter nada para vestir? Ou já se sentiu desanimado em fazer algo que um dia já te deu muito prazer e você pensava que faria aquilo para o resto de sua vida? Ou mesmo quando criança, quantos de nós queríamos ser astronautas, cientistas e artistas e provavelmente não realizamos estes sonhos?
Vivemos constantemente afirmando que nossa opinião é única, sendo que mudamos de ideia constantemente. Nós, seres humanos, somos desesperadamente instáveis.
Um exemplo corriqueiro pode ser o celular. Quantos modelos de celular cada um de nós já adquirimos e usamos, pensando ser o mais TOP e, assim que sai outro, ele perde totalmente a graça.
Falando em celular, quando eu tinha meus 15 anos (mais ou menos) eu não queria ter um celular. Isso pode parecer uma afronta para a nova geração que já nasce cadastrado no WhatsApp, mas é a verdade. Embora seja uma profissional da área de tecnologia, eu sou uma pessoa que não procura equipamentos pela marca ou por ser um grande lançamento, mas pelos requisitos que eles apresentam dentro das minhas necessidades. Além disso, naquela época (eis a velha de 25 anos que vos escreve) os celulares não tinham tecnologia TouchScreen, nem reproduziam músicas e vídeos, não filmavam ou tiravam fotografia, não tinha Internet, tinham no máximo uns 3 joguinhos tradicionais, a tela não era colorida e não existiam tantas opções de operadoras de celular. Os celulares serviam apenas para fazer ligações, enviar mensagens (via SMS), servir como despertador e calculadora.
Meu primeiro celular foi um presente dos meus pais. Ele era da Gradiente, tinha uma luz azul e sua tecnologia eram os toques polifônicos.
Não o usei por muito tempo. Ainda com 15 anos de idade me matriculei em um curso de Web Design, daqueles que você aprendia Photoshop, Flash, Corel Draw  e Dreamweaver em um ano de curso. No ato da matrícula recebi um papel com o número 41, que foi sorteado e ganhei outro celular.
Este era um celular da Samsung que nem o jogo da cobrinha tinha nele. Só servia como despertador e pra ligar e mandar mensagem, se você tivesse créditos.
Ele durou por cerca de 4 anos. Eu continuei usando mesmo depois de a tela trincar quando caiu no chão do banheiro da faculdade no final de 2007. Assim que ele parou de funcionar, meu pai me deu o celular dele. Foi meu primeiro celular com tela colorida e com câmera (de baixíssima qualidade).
Usei durante um bom tempo, até que um cara passou e roubou da minha mão. Desde então tive apenas outros dois celulares diferentes, surgiu a internet 3g, as câmeras com melhor resolução, os aplicativos e desde então, com tantas utilidades para um celular, hoje este aparelho se tornou praticamente indispensável por sua praticidade. E agora, a mesma garota que não tinha a mínima vontade de ter um celular, quase tem um infarto cada vez que ele cai ou quando esquece de carregar a bateria...