segunda-feira, 22 de julho de 2013

Economias de uma não-economista

Dinheiro é  problema pra uns e solução pra outros. No meu caso nunca foi nem um nem outro. Sou uma pessoa que está realmente feliz com o que tem e não sou nenhuma milionária.
Certa vez, disse para algumas amigas da escola que dinheiro era apenas papel e alguém disse que ele poderia valer alguma coisa, achando que isto seria justo e elas entenderam que eu queria causar polêmica e que o dinheiro era sim importante.
Antigamente, as pessoas trocavam o que tinham para conseguir o que queriam. Se eu tinha batatas e queria carne, deveria procurar alguém que tinha carne e aceitava batatas em troca. Hoje existem sites de compras que fazem exatamente isto, e as pessoas acham que as coisas realmente mudaram.
Mas entrando no assunto da minha vida, desde pequena meus pais me orientavam a comprar coisas com o meu dinheiro. Ajudava minha mãe com tarefas simbólicas e recebia moedas em troca. Certa vez, minha irmã e eu conseguimos juntar R$50,00 (cinquenta reais) apenas em moedas.
Quando fazíamos compras com nossos pais, eles davam 5 ou 10 reais para cada uma e teríamos que escolher as guloseimas que gostaríamos de levar e não estavam inclusas na lista de compras. Aquilo que não cabia no nosso pequeno orçamento, ficava no mercado.
Quando estava entrando na adolescência, não queria mais ir com aquelas mochilas enormes na escola e decidi que usaria fichário e uma bolsa mais delicada. Minha tia disse que me daria o fichário e só me restaria comprar a bolsa.
Eu ainda não trabalhava, mas já tinha economizado 7 reais para comprá-la. Fui até uma loja na rua da minha casa e a bolsa mais barata custava 8 reais. Voltei para casa e juntei dinheiro durante mais uma semana e voltei até a loja. O vendedor, que já me conhecia, disse que me daria um desconto e cobrou apenas 7 reais pela bolsa.
Muitos poderiam pensar: "então você perdeu uma semana". Eu prefiro pensar que ganhei um real, afinal, se tivesse comprado a bolsa antes, talvez nem tivesse conseguido este dinheiro.
Hoje, com 23 anos, não sou rica, não sou dona de nenhum empreendimento, não sou herdeira de uma fortuna, não encontrei petróleo no quintal de casa, mas nada disto tem feito falta pra mim. Já tive tantos sonhos realizados, vivo uma vida tranquila e não consigo atender à demanda de aulas de música que me pedem.
Não sou nenhum tipo de economista ou administradora, mas creio num Deus de provisão e acho que é o bastante. Mesmo quando todos na minha casa estavam desempregados, nunca passamos fome e nem necessidade. Tudo sempre está no controle.

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