terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Em pleno trânsito

Minha mãe tinha pavor de moto, antes mesmo que eu tivesse uma. Ela via muitas reportagens sobre motoqueiros que perderam suas vidas ou que ficaram em estado muito grave de saúde.
Hoje amanheceu chovendo, o tempo fechado, aquela preguiça a mais para acordar e lá vou eu para mais um dia de trabalho. Ao sair, coloquei a capa de chuva para sair de moto, porque estava caindo uma chuva fina.
No meio do caminho a chuva começou a engrossar e eu pedi a Deus: "Senhor, me guarde dos maus motoristas".
Estava tudo bem, apesar da visibilidade, até que eu sinto que a moto começou a sambar e diminuo a velocidade. Percebo que furei o pneu de trás da moto. Em uma via de 70km/h, foi coisa de Deus eu ter percebido antes que ela deslizasse. Diminui bastante a velocidade e segui o restante do caminho sem maiores problemas.
Esta não foi a primeira vez que eu fui salva de um possível acidente e a única vez que me acidentei de moto, um carro cortou a minha preferencial e eu não consegui desviar dele. Minha moto ficou com a frente destroçada, tive que trocar várias peças de direção, mas comigo o máximo que aconteceu foi uma manchinha roxa na cintura que sumiu em alguns dias.
Uma vez eu parei a moto antes de entrar em uma rotatória e, ao ver que nenhum carro estava vindo, acelerei para sair. Foi quando, do nada, veio uma moto correndo na minha direção. Freei imediatamente, as rodas traseiras da minha moto até deslizaram, fizeram barulho e até subiu um cheiro de queimado, mas foi possível evitar o choque.
Outra vez, meu noivo e eu estávamos em seu carro, parados no semáforo e, quando o sinal abriu, ele olhou para o retrovisor para conseguir ver os carros que vinham e sinalizar e o carro que estava na nossa frente freia de repente. Eu só tive tempo de gritar: para! E não nos chocamos com aquele carro.
Se tem uma coisa que faz qualquer um correr riscos de acidentes no trânsito é o mau uso de sinalização pelos motoristas e motociclistas. Não são todos que sabem usar uma seta, por exemplo. Uns dão seta e já saem virando, como se nós fôssemos videntes (tem vezes que a gente até consegue prever a burrice a partir do momento que a gente para de superestimar os motoristas). Outros não dão seta, entram e ainda te xingam se você estava no meio do caminho dele.
Agora, quando se tratam de sinalização de faixas, acho que uma minoria pouco significativa sabe usar. Às vezes o cara está na última faixa da esquerda e quer entrar para a direita, mesmo que tenha que fazer os carros das outras duas faixas pararem pra esperar ele passar, além de outras inúmeras situações.
Não estamos isentos de acidentes. Deus nos guarda, mas uma direção consciente ajuda muito a fugir destas situações.
Hoje, com um pouco mais de três anos de habilitação, minha mãe já me disse que até confiaria andar de moto comigo.

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