segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Meu pequeno Zoo - parte II

Um belo dia, depois de passarmos um tempo sem ter nenhum animal de estimação, meu pai chegou com a notícia de que seu colega de trabalho estava doando filhotes de poodle. Ficamos super animados e, um dia, ao sair da escola, combinei de ir com meu pai escolher meu novo cachorro.
Ao ver os filhotes, me apaixonei imediatamente por uma cachorra branca com duas manchas champagne no focinho. A levamos para casa numa terça-feira.
Naquela semana, não muito longe de casa, estava acontecendo uma festa do peão. Conseguíamos ouvir tudo o que acontecia sem precisar sair de casa. Foi uma semana difícil pra dormir. Com um bebê chorando durante a noite, dividia minha noite entre perder o sono cuidando dela e ouvindo a festa do peão. Me lembro que na sexta-feira consegui ouvir o show completo do grupo Capital Inicial enquanto estava sentada no quintal com minha cachorrinha no colo. Até o guarda noturno ficou preocupado quando passou na frente da minha casa e me viu acordada no quintal.
Minha mãe teve uma idéia genial de mandar um urso de pelúcia velho e uma coberta para o dono dos pais dela para deixá-los com o cheiro dela e, nos outros dias ela dormia com o urso. Até que ela cresceu um pouco e o despedaçou no quintal.
Cerca de 7 anos depois, ela começou a ficar inchada, parou de comer e bebia muita água. Ela gemia durante a noite e resolvemos deixá-la dormir dentro de casa para que eu pudesse cuidar dela. Seu olhar parecia sempre cansado e achamos que a perderíamos. Os veterinários fizeram alguns exames e descobriram que ela estava com um problema no fígado.
Depois de vários medicamentos, consultas e rações especiais que minha tia nos ajudou a conseguir, ela finalmente se recuperou por completo. Os médicos se assustaram ao ver como ela estava hiperativa em vista do animal molenga e doente que foi na primeira consulta.
Hoje, aos 10 anos de idade, ela ainda é uma excelente companhia e foi minha melhor cachorra até hoje. Ela é enorme e faz coisas muito curiosas como bater na porta com uma das mãos quando quer entrar ou sair de algum cômodo, pedir comida, pedir companhia para a comida e saber quando é domingo (dia dela passear nas ruas com a gente). Na hora de dormir, ela vai para o meu quarto mesmo que eu não esteja lá.
Em 2008 minha irmã ganhou um peixe Beta do meu ex-namorado. Ele era um fofo. Deixava até que a gente fizesse carinho em suas barbatanas. Cerca de um ano depois, ele começou a ficar tão inchado que perdeu sua coloração azul, respirava com dificuldade, até que morreu. Eu estava na frente do aquário nesse momento...
Para consolar minha irmã, em seu aniversário minha tia deu uma tartaruga pra ela. Ela é bem rápida e esperta para uma tartaruga. Certa vez, a colocamos no fundo de casa (onde tem plantas e terra) e ela escalou cerca de meio metro do muro. Outra vez a deixamos passear dentro do dômus que tem dentro de casa e, em questão de segundos, ela saiu e estava descendo as escadas. Ela nos deixa fazer carinho em sua cabeça e nos pede comida.
No dia das crianças do ano de 2010, meus pais foram até uma loja no centro da cidade onde estavam dando pequenos peixinhos dourados para as crianças. Perguntaram para meus pais se eles tinham crianças e eles disseram: Sim. Temos duas. Uma de vinte anos e a outra de dezesseis. Então eles levaram dois peixinhos para casa. Eles eram tão pequenos que era possível ver o que tinha por dentro. Colocamos os dois num mesmo aquário, mas percebemos que o menor não deixava que o maior comesse. Mesmo tendo separado os dois, o maior não resistiu. O menor, porém, está vivo até hoje. Arrumamos um aquário maior para ele e ele cresceu bastante. Já deve ter quase 4cm de comprimento.
Em 2011, com a perda da minha avó, estávamos todos muito abalados e, talvez na tentativa de nos distrair, o namorado da minha irmã comprou uma calopsita. Cuidar dele foi uma terapia para minha mãe e a ajudou a se recuperar das crises nervosas que estavam acontecendo com ela. A calopsita gosta de todos, mas a minha mãe se tornou a pessoa mais querida pra ele. Ele a chama de mãe e, ao ouvir a voz dela, sai de onde está e vai à sua procura. Deixamos um tronco de uma árvore seca em um vaso e ele fica por lá, desce quando quer fazer alguma coisa, fica empoleirado em nossas bicicletas (lugar onde ele mais gosta de cantar).
Há um mês, mais ou menos, meu pai encontrou um ninho em cima de casa com dois filhotes de pombos. Feios, carecas e famintos. Não podíamos deixar que morressem. Então os guardamos em um balde grande e dávamos rações para filhotes de aves na seringa. Montei com alguns tijolos, uma casinha no fundo de casa, mas minha mãe tinha medo de deixá-los sozinhos por lá. Eram muito pequenos.
Eles choravam pedindo comida quando chegávamos em casa e os alimentamos com esta ração até que eles começaram a aprender a comer sozinhos. A partir daí, eles acabaram se abrigando por conta própria na casinha que eu construí. Hoje, minha mãe parou de alimentá-los porque isto estava atraindo outros pombos. Eles já fizeram amizade com os pombos de rua e ficam quase o tempo todo fora de casa, mas de vez em quando ainda voltam e ficam andando nos fundos da minha casa. É fácil identificá-los porque eles não têm olhos vermelhos como os outros pombos e não se assustam quando estamos por perto.
Há algumas semanas, meu pai decidiu criar pintinhos. Comprou dois. Eram muito pequenos e não paravam quietos. Um deles minha cachorra matou (não sei se por acidente ou não), mas passamos a manter os pintinhos longe dela. Minha irmã, por acidente, abriu a porta de casa sem saber que o outro pintinho estava atrás e ele quase perdeu suas patinhas. Mas, alguns dias depois, meu pai acabou pisando nele e ficou muito triste.
Cerca de uma semana depois, eu e minha irmã resolvemos comprar outros quatro pintinhos. Estes já estavam maiores e mais espertos. Durante o dia eles ficam andando no quintal dos fundos e durante a noite dormem numa gaiola que era da minha calopsita na época que minha mãe o levava para o trabalho.
Na última semana, dois dos pintinhos ficaram inchados, não comiam e bebiam pouca água. Na hora em que vi, percebi que eles não estavam conseguindo fazer suas necessidades fisiológicas. Na dúvida entre tentar salvá-los e deixá-los morrer, decidimos dar remédio para tratamento gastrointestinal para os dois e no dia seguinte eles já estavam bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário