segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Alguns "ITEs" em minha vida

"ITE: sufixo formador de substantivos, com o significado de inflamação de algum órgão". Ou seja, ITE é o sufixo que mostra que alguma parte do seu corpo já está dando um tilt.
Quem já ouviu algum diagnóstico de uma doença terminada em ITE sabe bem do que estou falando. Sinusite, bronquite, meningite e por aí vai... quando entram em nossas vidas, não passam desapercebidas e nos tiram a paz.
Desde muito nova eu fiquei sabendo que tinha rinite. O mais tenso é que os otorrinolaringologistas dizem que isto não tem cura, a gente consegue amenizar, deixar ela silenciosa, mas não é possível eliminá-la de vez.
Eu ainda não consegui encontrar um profissional da área que me agradasse e até desanima fazer tratamento, sabendo que não é sempre que a rinite ataca e ela não tem cura. Na minha opinião (baseada nos meus anos de experiência), a medicação da rinite é útil apenas quando ela está atacada, pois ela reduz a coriza, destranca o nariz, limpa a garganta, mas, quando não se está sentindo nenhum destes sintomas, eles não fazem nenhum efeito aparente, já que mesmo usando a medicação a rinite não é impedida de atacar... fora ter que ficar passando aqueles sprays no nariz que só te fazem viciar.
Deixo claro, mais uma vez, que isto não é um relato médico, é uma experiência da minha vida. Até agora a única coisa realmente eficaz que eu encontrei contra a rinite é tomar muita água (não sei se isto é comprovado clinicamente, mas toda vez que eu sinto que a rinite vai atacar, vou tomando goles e goles de água até passar).
Contudo, não é sempre que eu estou prevenida nos momentos em que a rinite pode atacar e estes momentos não são poucos, já que qualquer perfume cítrico ou doce demais, fumaça (de qualquer procedência), poeira, cheiro forte e mudanças drásticas no clima, podem fazer com que o problema crônico venha à tona e eu fique sofrendo por uma ou duas semanas, até minha voz e respiração voltarem ao normal.
Depois deste grande desabafo de uma pessoa que sofre há anos com rinite, podemos procurar mais um ITE no meu currículo: a gastrite.
Um dia depois que eu completei 21 anos de idade eu estava indo trabalhar em Campinas e decidi comprar pães de queijo para o pessoal do serviço, a fim de comemorar o meu aniversário. Eu sempre comia daqueles pães de queijo, mas o cheiro deles pareciam estar mais fortes naquele dia, ao ponto de me dar uma forte dor no estômago, um gosto azedo na boca e ânsia de vômito (me desculpe pela riqueza de detalhes). Cheguei ao serviço e mal consegui comer um dos pães de queijo.
Procurei pelos sintomas no Google e constatei que era gastrite. Quando deu o meu horário de saída, voltei para minha cidade e liguei para o meu pai avisando que ia passar pelo médico. Ele, preocupado, perguntou o que eu estava sentindo. Eu disse que o Dr. Google tinha me dito que era gastrite.
Nos encontramos no hospital e a fila de espera estava enorme. Meu pai, com um pouco de pressa, me perguntou se o médico não tinha me passado nenhuma medicação. Eu achei estranha a pergunta e disse que ainda não tinha passado pelo médico. Ele disse: "Mas você não disse que falou com o Dr. Hugo?". Caímos na risada quando eu expliquei quem era o Dr. Google.
Enfim, descobri que tinha gastrite. Comecei a me tratar e o médico me passou uma lista de coisas que eu deveria reduzir ou eliminar da minha alimentação. Eu reduzi a maioria (com exceção do chocolate, leite e iogurte, porque já é pedir demais) e parei de tomar café e refrigerante.

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