quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A minha moda

"...I looked so hot but caught a cold, I was doing just what I was told... to fit in". (Clothes - BarlowGirl)

Já fui costureira, gosto de inventar coisas, mas creio que o mundo da moda não é pra mim. Nunca foi uma necessidade minha vestir aquilo que está na moda, até porque tem coisa que não acho bonito e que não fica bem nas modelos, quanto mais em mim.
Aí está outra coisa que acho estranho, a grande maioria dos homens e mulheres acham que as mulheres ficam mais bonitas quando tem algumas curvas e confeccionam roupas para mulheres semi-retas e compridas para quê? Para todas as outras ficarem iguais a elas ou para economizar pano?
Quando eu era pequena minha mãe vivia comprando roupas cor-de-rosa pra mim. E, quando ela me permitiu escolher minhas próprias roupas, fiquei anos sem colocar roupas desta cor e até mesmo acessórios. Tanto que, por existirem poucas opções de roupas de outras cores para meninas da minha idade, comecei a usar roupas mais masculinas e parecia um menininho. Aos doze anos de idade eu superei o trauma e voltei a usar roupas cor-de-rosa e mais femininas.
Uma coisa ainda mais bizarra que comprar roupas quando estamos em fase de crescimento é comprar calçados. Nunca fui daquelas meninas que são deslumbradas pelo salto desde pequenas, mas um dia, eu já devia estar quase entrando para a adolescência, eu encontrei um sapato social do meu número e já tinha salto (menos de 4cm) e eu fiquei morrendo de vontade de comprar, só pra dizer que eu cresci e podia usar salto.
Um episódio engraçado com calçados aconteceu há vários anos atrás, quando fomos (eu, minha irmã, meu pai e minha irmã) para uma loja de calçados em Americana - SP. Meus pais deixaram que eu e minha irmã escolhêssemos o que quiséssemos que ele acertaria depois.
E foi assim. Após andarmos por toda a loja, longe dos nossos pais, escolhi um tamanco preto. Pagamos e levamos os produtos e, quando chegamos em casa, percebemos que eu e minha mãe tínhamos comprado tamancos iguais.
Meu gosto para roupas não é nenhum pouco extravagante. Não exijo marcas famosas e não tenho preconceito quanto ao preço. Se entro numa loja e acho legal, se tiver no meu tamanho, eu levo. Sou manequim P para a maioria dos modelos de roupa, mas inventaram umas blusas que ficam caídas nos ombros e outras que te fazem parecer o Batman, formando uma capa de pano embaixo do braço e, nestes casos isolados, nem comprando P não resolve, então prefiro não comprar.
Já minha irmã tem que visitar todas as lojas para depois comprar aquilo que ela viu na primeira. Ela vive me dizendo: "Você não pode comprar na primeira loja que vê. Às vezes na outra loja está mais barato."
A minha filosofia para compras é diferente. Preciso de uma blusa, por exemplo, se vejo uma que eu gosto em uma loja e não esteja com um preço tão absurdo, eu levo. Se eu for depois em outra loja e encontrar a mesma blusa ainda mais barata, eu penso: "Nossa! O preço desta blusa está bom, mas eu já tenho uma igual e não preciso de outra".
Minha irmã já fez curso de modelo, mas acho que é a maior perda de tempo. Você passa fome pra ficar do jeito que eles querem, você perde tempo fazendo um curso que você pagou pra descobrir o que não quer ser e tem que pagar para trabalhar até que, se tirar sorte grande, virar uma modelo famosa.
A Gisele Bündchen, por exemplo, nunca quis fazer cursinhos de modelo. Um dia um olheiro disse que ela deveria ser modelo, ela aceitou e virou Uber Model. Então não é uma coisa que você paga pra ser.

"Clothes that fit are fine. Won't show what's mine. Don't change my mind. I'll be fine!!!" - (Clothes - BarlowGirl)

Nenhum comentário:

Postar um comentário