quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Micos musicais

Quem me vê hoje aparentemente confiante em um instrumento musical não imagina os micos que já paguei com eles. Que são desde pequenos deslizes que ninguém nota, mas todo mundo perdoa, até situações cabulosas que até hoje eu não me conformo.
Fora o mico de tocar bateria sem saber que eu comentei há algumas postagens atrás, tem algumas outras vezes que eu agi por impulso.
Em 1999, tivemos a oportunidade de participar de um concurso de talentos na escola. Eu assistia aos shows de calouros da televisão e morria de vontade de participar de coisa semelhante (a vontade passou, tá!).
Sem saber o que eu poderia fazer, pensei: "vou cantar uma música!", mas todo mundo que estava se inscrevendo iria tocar algum instrumento e eu não teria chance (antes tivesse cantado). Disse à professora que tocaria a música do Titanic (que ainda estava nas paradas de sucesso e eu nem sabia o nome da música) no VIOLÃO (que burrice foi esta? se você leu a postagem A música e eu - parte III, sabe que eu só aprendi tocar alguma coisa no violão a partir de 2006).
Me inscrevi e fiquei treinando a música em casa. Solando a música saía e eu decidi que estava pronta.
Fui para a escola com o meu violão e um amigo começou a tocar. Eu achei o máximo e todo o meu ensaio foi por água a baixo quando eu decidi tentar tocar a música dando batidas nas cordas e fazendo acordes inventados em vez de fazer o solinho.
Na hora da apresentação a professora perguntou se eu queria que ela colocasse o microfone na minha boca ou no violão (me arrependo de não ter falado para colocar na boca, assim eu cantava e pronto). Mas eu tinha que pagar este mico para contar para vocês.
Depois de tocar um monte de coisa desordenada que ninguém entendeu, a professora perguntou: "Já acabou?" e eu desci sem chance nenhuma de ganhar. Se eu fosse a única inscrita, me desclassificariam.
Uma outra vez, eu já tocava teclado na igreja. Estava muito resfriada, mas mesmo assim estava lá firme e forte, mas não podia ficar um só minuto sem o meu lenço.
Na época o pedestal do meu microfone tinha uma gambiarra para se manter levantado e uma pequena pancada poderia desmontá-lo.
Toquei o culto inteiro e na hora da mensagem desci e sentei na fileira da frente. O obreiro, tendo pregado, chamou o conjunto e a igreja toda ficou em oração.
Quando já tinha ligado o meu teclado, percebi que o meu lenço tinha ficado no banco e eu não conseguiria ficar muito mais tempo sem ele. Descer ou não descer?
Decidi descer. Mas ao sair de trás do teclado, tropecei no cabo do meu microfone, desmontando o pedestal, que derrubou o microfone sobre o botão de play dos ritmos do teclado, que começou a tocar heavy metal pra toda a igreja ouvir. Nesta hora o guitarrista e um vocalista tentavam descobrir onde desligava o meu teclado e eu subi correndo para ajudar a desligar.
Uma outra situação micosa que me aconteceu é que eu tocava bateria para o coral de crianças da igreja e um dia tive que faltar ao ensaio porque estava doente. Quando chegou na hora do culto eu fiquei morrendo de ciúmes da bateria e falei com a moça que nos ensaiava. Ela disse que eu poderia tocar. O duro é que um outro menino já tinha ensaiado no meu lugar e lá vou eu tomando o lugar dele.
Outra vez, eu estava sentada e o obreiro deu sinal para subir e tocar bateria. Eu subi correndo e super feliz com a oportunidade, mas ao chegar na bateria vi que o baterista da igreja estava sentado atrás de mim.
Citei apenas situações mais extremas, mas já aconteceu muito de eu fazer a introdução de uma música e começar a cantar outra, errar mais de três vezes seguidas a introdução de uma música para depois desistir de tocá-la, cantar letras erradas mesmo sabendo as certas (na música "Som da chuva" da Soraya Moraes eu cheguei a cantar "deixa o céu cair sobre nós" em vez de "deixa o céu descer sobre nós"). Imaginem o desastre!

2 comentários:

  1. eheuhuehuheuheuhuehuhuee
    Quem nunca achou que um sinal era para si quando na verdade era para outra pessoa? xD

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