quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fazendo de conta

Sempre tive uma imaginação muito fértil e vivo criando coisas até hoje. Não sei se isto é bom, se olharmos pela ótica da psicologia e afins, mas nunca tive problemas com isto.
Dos cinco aos sete anos, eu acho, resolvi criar meus próprios amigos para conversar. Fazia uma careta, penteava o cabelo de forma diferente e conversava comigo mesma no espelho.
Aos seis anos, criei vários personagens que eu fazia com a própria mão, cada um com seu nome, família, característica, profissão etc. Com o passar dos anos, decidi criar um país imaginário "Bikuthuzye" (acho que era assim que eu escrevia). Cheguei a criar o hino nacional do país, o mapa político e os Estados. Sim, eu cresci saudável depois de tudo isto.
Na adolescência o caso foi ficando mais grave. Eu criei uma turma de histórias em quadrinhos. Começou como a turma do Boló (um ursinho branco) e depois virou a turma da Dinny (menina com sardas, tranças e um laço gigantesco na cabeça).
A turma da Dinny estava presente em quase todos os meus desenhos nas aulas de Educação Artística e eu escrevia roteiros de histórias e as desenhava, fazendo mini gibis. Depois passava os mini gibis de mão em mão na sala de aula, onde os alunos liam e me davam sugestões.
Escrevi também um "livrinho" (que emprestei pra alguém ler e não vi nunca mais). O nome do livro era "Salve o presidente" que contava a história de um presidente que foi sequestrado, contada de uma forma cômica. Despois escrevi o "livro" "Uma torre, um dragão e uma princesa sem noção", onde uma princesa fica aprisionada numa torre e sua mãe faz de tudo para arrumar um príncipe que seja capaz de salvá-la do dragão. Na sequência, foi a vez de uma quase série de "livros" com assuntos cômico-cotidianos, sendo eles "Uma mudança normal", "Uma família normal" e até hoje não terminei o terceiro, "Férias normais". Estes contavam a história de uma família que se mudou para  Rio de Janeiro por causa de uma propósta de trabalho de seu pai.
Fora os livros, gostava de escrever poesias e paródias (certo, paródias eu ainda gosto) e amo escrever músicas. Um dia cheguei a apresentar uma música minha para minha turma da 5ª série, cantando e batendo na carteira com uma régua (fiz com a autorização da professora, não é minha culpa se você fizer o mesmo e parar na diretoria).
Até hoje me lembro, numa aula de português da 5ª série, a professora pediu que escrevêssemos uma redação. Minha história falava de um amor proibido. Eu tive a idéia de colocar rimas em todos os parágrafos, para dar uma certa musicalidade ao texto. No último parágrafo eu queria compará-los com Romeu e Julieta e não me veio nenhuma palavra agradável que rimasse com Julieta. Então escrevi: "Era um casal de gaveta, igual a Romeu e Julieta". Minha professora não entendeu a expressão e me perguntou a respeito. Eu disse que as gavetas se encaixam perfeitamente no local para onde ela foi feita e serve para guardar as coisas ou os sentimentos. Fui tão convincente que ela aceitou a idéia. Viva a liberdade de criação!
Hoje, além das músicas, gosto de criar montagens no photoshop. Fiz uma conta no Twitter e no Facebook. Criei um blog. Céus! Cheguei ao ponto de contar um monte de histórias da minha vida na Internet! Ok. Pra mim está bom. As pessoas criam tantos blogs pra falar da vida dos outros. Estou no lucro.

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