quinta-feira, 26 de julho de 2012

A música e eu - parte I

Desde pequena tinha curiosidade em saber como as pessoas faziam para tocar seus instrumentos musicais.
No meu primeiro ano de idade, a empresa onde meu pai trabalhava me deu um pequeno "pianinho" de uma oitava, daqueles de brinquedo. Meus pais me ensinaram a solar as musiquinhas "Dó, ré, mi, fá" e "Cai, cai, balão" e nunca me esqueci delas.
Meus pais me deram uma mini bateria de plástico e me lembro até hoje o som "maravilhoso" que faziam as peles improvisadas com sacolas e sacos de arroz.
Aos quatro anos de idade, meu pai me deu de presente um mini piano da Hering de duas oitavas, todo feito em madeira, uma miniatura de um piano de parede, com ferrinhos de tamanhos diferentes no lugar das cordas. Tenho até hoje, mas a grande maioria das teclas não funcionam mais. Durante esta época, tirava algumas musicas de ouvido, mas não sabia fazer a base ainda.
Meu pai tinha um violão que eu fingia tocar. Por mais que ele tivesse um pequeno material de estudo eu não me interessava em aprender de verdade. Ele ficou tanto tempo escostado, que entrou em contato com umidade e se despedaçou.
Brincava com violões de brinquedo, maracas de brinquedo, pianos de brinquedo, mas nunca pensei que um dia tocaria instrumentos de verdade. Por volta dos meus cinco anos eu dizia que aprenderia tocar sanfona e, graças a Deus, mudei de idéia.
Com oito anos comecei a me interessar pela bateria. Na minha opinião, é o melhor instrumento que já inventaram. É primeiramente um desafio, pois você tem que usar seus dois pés e duas mãos e, principalmente, os seus dois ouvidos e conduzir o ritmo da música. Mas eu sempre gostei de desafios, então foi amor à primeira vista.
Em um domingo de manhã, na igreja que eu frequentava, o Superintendente da Escola Bíblica começou a cantar um louvor, mesmo sem instrumento nenhum e eu fiquei me segurando. As crianças da minha idade, que sabiam da minha paixão pela bateria, começaram a me encorajar e eu fui pedir ao Superintendente para tocar bateria. Nunca tinha tocado em toda minha vida, mas parecia ser fácil.
Ele acabou deixando eu tocar. Só eu na bateria e ele no vocal. Eu achava que estava arrasando, mas pelos rostos me olhando, acho que eu não devo ter tocado muito bem, mas pra mim foi um momento muito importante.
Depois deste dia, minha sede de aprender tocar bateria aumentou ainda mais. Todo fim de culto eu me sentava nela e procurava tocar alguma coisa que eu tinha visto outros bateristas fazerem.
No ano seguinte (1999), compraram outra bateria para a igreja e, até que soubessem o que fazer com a bateria velha, eu e o filho do obreiro (que também gostava de bateria) ficávamos cada um em uma bateria tentando tocar em sincronia.
Neste ano, duas primas minhas começaram a fazer aulas de teclado com minha vizinha. Elas, as mães delas, minha vizinha e minha mãe começaram a insistir que eu também fizesse as aulas, mas minha resposta sempre foi não. Nunca gostei do teclado. Falava pra minha mãe que nunca tocaria aquela coisa parada na minha vida e minha mãe falava que era melhor que a bateria pois fazia menos barulho. Acabou que elas fizeram uns três ou quatro anos de aula e hoje nenhuma costuma tocar o instrumento.
Ainda em 1999, minha mãe começou a ensaiar o coral de crianças que eu fazia parte. E um dia, ao me ver batendo nas pernas para acompanhar o ritmo da música, minha mãe falou pra eu tocar bateria para o grupo. Com o tempo eu fui pegando o jeito da coisa e o obreiro (como se fosse um pastor local) me chamava em vários cultos para tocar "meia-lua", quando não tinham bateristas eu já era substituta. Toquei no coral de crianças durante dois anos, até que a banda foi substituída pelo playback.
Vendo que a bateria realmente era o que eu queria, meus pais pediram ao baterista da igreja que me desse algumas aulas. Estudei bateria com ele durante um ano e meio e depois ele precisou vendê-la e não teve mais como me ensinar. Estávamos no ano de 2002 onde começa mais uma etapa do meu contato com a música, que eu vou contar na próxima postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário