segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ainda bem que eram de leite

Depois de todos os incidentes do ano de 1998 minha mãe ficou meio traumatizada com meus dentes. Tanto que, até hoje (14 anos depois), se eu vou comer qualquer coisa um pouco mais dura ou se estou no meio de uma multidão em um show de rock, ela me diz que devo tomar cuidado com meus dentes.
Este "trauma" se agravou em 2001, quando quase perdi mais dois dentes.
Fomos até a casa de minha avó que mora em Charqueada - SP na intenção de passar alguns dias por lá. Minha avó tinha uma gata de estimação que tinha um filhote não muito grande ao ponto de não parecer um filhote e não muito pequeno que não soubesse se defender.
Na noite do primeiro dia encontramos o gatinho deitado próximo a um "morro" que ficava atrás da casa da minha avó. Minha irmã ficou insistindo pra que eu o pegasse pra ela.
Cheguei perto dele com passos leves e, quando já o tinha em minhas mãos, desci do muro próximo ao morro e enrosquei meus dois dentes caninos da arcada superior no varal de arame da minha avó e caí de costas. Saí correndo em direção ao banheiro gritando: "Ainda bem que é de leite! Ainda bem que é de leite!"
Meus pais saíram correndo atrás de mim porque já imaginaram que eu estava falando dos meus dentes.
Quando olhei para o espelho um dos dois dentes estava "encavalado" (até hoje não entendo o que os cavalos tem a ver com esta espressão) e a gengiva em volta do outro dente estava machucada.
Corremos para o hospital mais próximo e o médico disse que não era nada grave e que eu deveria apenas evitar alimentos muito quentes e me passou um anti-inflamatório.
Durante aquela semana tive que reaprender meu jeito de comer com medo de que algum dos dentes caísse e na tentativa de evitar mais dor. Isto me lembra quando tive que arrancar meus dentes do siso, mas esta já é outra história.
Em poucas semanas os dois dentes caíram naturalmente e, como ainda posso me considerar normal, outros dentes nasceram no lugar e permanecem firmes e fortes até hoje.

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