quarta-feira, 18 de julho de 2012

O ano de 1998 - parte I

O ano de 1998 foi um ano marcante pra mim. Não por boas recordações, mas não considero um trauma.
Neste ano eu estava na terceira série do Ensino Fundamental e estudava em uma escola pública do município (que hoje nem existe mais). Achei interessante falar da escola, porque foi nela que aconteceram a maior parte destas situações marcantes em 1998.
Minha escola ficava na esquina de uma rua ainda não asfaltada (fico assustada quando passo por lá hoje em dia e vejo como o cenário mudou). Na frente da escola tinha um amontoado de areia que chamávamos de "montinho". No fundo da escola tinha um grande pátio e um refeitório e mais ao fundo a casa da inspetora, que também era caseira da escola.
Na intenção de "separar" a casa da Dona Dulce do ambiente escolar, resolveram construir um cercado em parte do pátio e, pela arte da Engenharia, cercaram o local com fios de nylon numa altura de aproximadamente 10cm. Baixo o suficiente pra ninguém ver e alto o bastante pra fazer alguém tropeçar. E lá estava eu, tendo que correr atrás de todos no "pega-pega" (como eu 'adorava' ter que correr atrás dos outros...). Todo mundo correndo pelo pátio, correram para o lado da casa dos fundos e lá se vão meus dois joelhos ao tropeçar nos fios de nylon...
Não era só comigo que aconteciam coisas assim. Um colega de classe teve que dar uns dois pontos na testa ao cair no chão molhado do bebedouro quando ele era o líder do pega-pega (brincadeira terrível).
No mesmo ano, no mês de abril, mais precisamente no dia do índio, a professora resolveu pintar os rostos dos alunos com tinta para comemorarmos a data. A grande maioria da classe ficou pintada antes do recreio onde brincamos que éramos índios e tudo mais. Após o intervalo a professora voltou a pintar os alunos, mas com a pintura que cada um pedia e, de repente, todos nós queríamos uma pintura personalizada. Lavamos nossos rostos e ficamos esperando nossa vez.
Já tinha terminado o período de aula e ainda faltava a minha pintura. O "perueiro" que nos buscava começou a nos pressionar e eu acabei indo embora sem minha pintura de índio.
Chorei tanto ao chegar em casa que minha mãe teve que usar a imaginação (espero ser tão criativa quanto ela quando tiver meus filhos). Como não tínhamos tinta em casa, minha mãe me fez uma indiazinha usando batom e creme para a pele e eu me senti realizada com uma pintura diferente de todo mundo.
Falando em "perueiro", um fato interessante que aconteceu em 1998 foi a mudança de responsáveis por nos levar pra escola. Tínhamos fechado com um casal que parou e colocou outro casal no lugar, depois foram dois irmãos e nessa nós íamos passando de mão em mão até o fim do ano. Igual no ano de 1997, que minha professora da segunda série se acidentou em março e, até que ela pudesse voltar a dar aulas, passamos por aproximadamente 5 ou 6 substitutas...
Muitas outras coisas semelhantes a estas aconteceram durante o ano de 1998 e vou contar em outra postagem, pois esta já está um pouco grandinha demais.

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