segunda-feira, 23 de julho de 2012

O começo do fim

Após quase 4 anos de faculdade eu tinha que decicir um tema para o meu trabalho de conclusão do meu curso de Tecnologia em Informática, chamado carinhosamente de TGI (Trebalho de Graduação Interdisciplinar). Tinha uma pequena idéia do que eu queria e já tinha um orientador em mente. Antes das férias de julho de 2010, mandei um email para o meu professor falando da minha propósta de trabalho e ele disse que era uma boa idéia e que me orientaria sem problemas. Mas, se tivesse sem problemas não daria uma história interessante para contar.
Passada as férias, eu já tinha até feito minha matrícula daquele semestre, o professor me manda um email dizendo que foi informado pela faculdade que não poderia orientar ninguém naquele semestre, porque deixaria de compôr o corpo docente.
E agora? O que eu faria? Fiz de tudo pra me formar naquele ano e me acontece mais esta?
Procurei o coordenador de TGIs e contei a ele que eu tinha um tema e um orientador e, de repente, não tinha mais orientador e talvez nem tema. Ele falou quais professores da faculdade poderiam me auxiliar na área que eu gostaria, mas nenhum deles aceitou me orientar.
Falei novamente com o professor coordenador e ele me disse que naquele semestre entrariam novos professores e que eu deveria procurar um deles. Corri atrás e marquei de conversar com uma professora. Ela me disse que não poderia me ajudar com aquele tema, apenas corrigiria meu texto. Isso não me ajudaria muito, pois eu correria o risco de pegar fontes ruins e não chegar ao meu foco, mas ela disse que faria uma propósta e, se eu estivesse disposta a arriscar, eu deveria procurá-la na outra semana.
Pensei sobre o assunto e cheguei à conclusão de que eu deveria arriscar, independente do que fosse, porque tudo me levava naquela direção e era minha última chance de poder me formar naquele ano.
Procurei por ela na semana seguinte e ela me propôs fazer um trabalho para otimizar os valores da tabela de rendimento global de uma usina hidrelétrica usando algoritmos genéticos. Parece simples se eu entendesse alguma coisa de usina hidrelétrica ou soubesse implementar algoritmos genéticos. Usina hidrelétrica é a área de pesquisa dela, mas algoritmos genéticos nem ela sabia como fazer, apenas sabia como funcionava e que poderia dar certo.
Comecei, então, a ler várias teses e projetos sobre Usina hidrelétrica e Algoritmos Genéticos e em teoria tudo é muito lindo. Minha orientadora falou com o coordenador do meu curso e ele disse que não bastava eu provar pela teoria que aquilo daria certo, eu teria que fazer um programa que mostrasse isto na prática.
Após diversas complicações técnicas (que não vou citar aqui para não cansar os leitores que não gostam de informática), percebi que havia algo de errado, porque meu código estava certo, mas não rodava.
Passava horas trabalhando naquilo e não conseguia achar uma solução e, neste meio tempo, também comecei a estagiar em Campinas - SP além de estudar, o que diminuiu os meus horários livres.
Um dia de madrugada meu pai me encontrou andando pela casa e perguntou se eu já tinha me levantado e eu sequer tinha ido dormir. Cheguei a chorar. Minha mãe me disse: "Filha! Tantas pessoas não conseguem terminar o curso no tempo mínimo. Não é uma obrigação. Você não precisa entregar este trabalho este semestre. Se não der, tente no outro.", mas eu não queria ter corrido atrás daquilo durante todo um semestre para depois não ter o que mostrar. Então eu disse para minha mãe: "Eu vou apresentar este trabalho nem que seja para falar que deu errado. Mas para mostrar que eu não fiquei um semestre inteiro de braços cruzados".
Foi então que, faltando três semanas pra minha apresentação, Deus falou comigo através de duas canções: A música de introdução do álbum Frozen Inside da banda HB e a música Caminho de milagres da Aline Barros. Com esta segunda foi ainda mais interessante. Fiquei o sábado praticamente inteiro procurando uma solução para corrigir um erro e tinha até deixado de ir ao culto de jovens da igreja para conseguir terminar. Do nada eu encontrei um jeito de corrigir e decidi correr para pegar o final do culto ainda. Saí de casa cantando: "Quando o que era difícil se torna impossível, Deus começa a agir. Ele abre sempre uma porta onde não há saída. O impossível faz acontecer". E ao chegar no culto atrasada, minha mãe (que é líder de jovens) pediu para orar por mim. Me lembro que na oração ela falava muito sobre abrir as portas. Falei pra ela que tinha conseguido corrigir o erro e ela me disse: "É Deus abrindo as portas. Falei durante o culto inteiro sobre isto. Que, quando algo é impossível aos nossos olhos, Deus abre as portas para nós".
A partir deste dia tudo começou a acontecer neste projeto. Um professor da faculdade se ofereceu pra me ajudar no programa, recebia dicas dele e ele me mostrava formas mais simples de fazer a mesma coisa e eu só poderia terminar o trabalho escrito quando tivesse meus resultados. Fiz vários testes e cheguei ao meu objetivo, mas precisava de mais tempo para poder escrever um bom texto.
Este professor me perguntou qual era a data da minha apresentação e eu disse que estava marcado para 29 de novembro de 2010. Ele perguntou qual seria minha banca de avaliação e eu lhe disse os nomes. Ele parou e pensou e me disse para procurar os membros da minha banca, pois ele tinha quase certeza que um deles não estaria na cidade no dia marcado.
Falei com os membros da minha banca e me permitiram mudar a data para o dia 02 de dezembro. Ganhei mais alguns dias para terminar meu texto e preparar minha apresentação. Passei com 9,0.

Um comentário:

  1. Depois foi só curtir a formatura né?! Huhauahua Demais - By. Joyce

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