sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ligeiramente alterados

Existem coisas na vida que nunca saberemos ao certo se nos aconteceu ou se foi um fruto de nossa imaginação com várias testemunha oculares. Algo parecido com isso foi o que aconteceu com quatro alunos da 4ª série do ano de 1999, inclusive eu.
Estávamos no mês de agosto e a escola tinha que apressar os preparativos para o Desfile Cívico de Independência, que acontece no dia 7 de setembro (sim, preciso especificar porque o blog tem leitores de fora do país). Alguns alunos foram escolhidos para representar a escola usando máscaras de peixe em um rio azul feito com TNT (na época eu fiquei triste por não ter sido escolhida, mas depois do desfile eu dei graças a Deus).
A direção permitiu que apenas quatro alunos de cada sala passasse o horário de aula ajudando na decoração. Representando minha classe fomos eu, minha prima e meus amigos Vinicius e Américo.
Ficamos horas mexendo com papéis e outros materiais, mas algumas professoras estavam usando uma cola com um cheiro forte no mesmo pátio.
Coincidência ou não, quando voltamos para a classe achamos que algo errado estava acontecendo. Era aula de matemática e não conseguíamos entrar em acordo quanto às respostas das nossas somas. O Vinicius me perguntou: "Qual o resultado da letra d?" - e eu: "O meu deu 36" - e ele: "Como assim? Aquilo não é um 4?" - e eu: "Pra mim parece um 9!" - e ele: "Vamos perguntar pra professora!"
Na mesma hora, minha prima vai para a mesa da professora para reclamar que estava com dor de cabeça e o Américo estava meio enjoado. Notando o fato dos quatro alunos que estavam ajudando na decoração estavam com comportamentos estranhos, a professora nos levou para a cozinha e pediu que nos servisse leite, pois ela achava que estávamos intoxicados.
Tomamos o leite e nada pior nos aconteceu. Até hoje não sei se estávamos mesmo tendo aqueles comportamentos por causa da cola mesmo ou se foi apenas algum tipo de "neurose coletiva temporal".

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