sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jornada para o trabalho

Acho muito interessante a forma como entrei no meu atual trabalho. Tudo começou em 2010, quando me avisaram que abririam vagas na área de informática no corcurso público da minha cidade. Corri atrás dos editais e tudo mais e, entre os cargos, estava o cargo de Técnico de Suporte em Informática. Como eu terminaria meu curso de Tecnologia em informática naquele ano, imaginei que daria certo de tentar uma das 13 vagas, já que exigiam segundo grau completo e curso técnico de informática.
Fiz a prova em junho e fiquei em 5º lugar. Pensei que chamariam rápido e eu não teria um diploma para apresentar.
Consegui um estágio em Campinas, mas era cansativo ter que viajar todos os dias e eu não conseguia me bancar com o que eu ganhava, mesmo gostando do serviço.
Em janeiro de 2011, começaram a chamar os técnicos. Chamaram os quatro primeiros colocados e o primeiro colocado da vaga para afrodescendentes. Eu comecei a ficar preocupada porque, embora já tivesse terminado o curso, meu diploma sairia apenas no dia 17 de fevereiro de 2011.
Passado o dia da minha colação de grau, no dia 02 de março de 2011 eu fui chamada para apresentar meus documentos, mas não tinha visto a chamada.
Um amigo de faculdade me enviou um email dizendo que viu o meu nome no Edital de Convocação e assim que pude eu me apresentei. Conversei com o pessoal do RH sobre os meus documentos, mas me disseram que eu não poderia assumir o cargo de Técnico porque tinha apenas diploma de Tecnólogo (que deveria ser considerado superior, mas enfim). Procurei me informar e fiquei sabendo que eu poderia entrar com um recurso para que a prefeitura fizesse uma análise do meu diploma, verificando se eu tinha os pré-requisitos nescessários para assumir o cargo.
Dei entrada no processo e comecei a juntar toda a documentação. Acompanhava o processo pela internet e procurava estar sempre em contato com eles. Tive que prorrogar o prazo de entrega de documentos para dois meses em vez de um.
Os Recursos Humanos entraram em contato comigo, dizendo que não tinham aprovado meu processo, mas que iriam tentar com o pessoal jurídico para que um advogado "me defendesse". Falei algumas vezes com uma advogada e apresentei a ela todo o meu currículo acadêmico para que ela incluísse no processo.
Faltando pouco tempo para vencer o meu prazo de entrega de documentos, falei com o RH e me disseram que havia apenas uma opção e que eles tentariam, mas que já tinham feito tudo o que podiam por mim. Neste dia eu estava com minha irmã. Fiquei meio triste com a notícia, mas acreditava que, se Deus tinha me permitido passar por tudo aquilo, Ele não me deixaria na mão. Falei pra minha irmã: "O que podíamos fazer até aqui, nós já fizemos. Agora é com Deus!"
Na semana seguinte, estava assistindo a uma aula da pós-graduação pela manhã de terça-feira (único dia da semana em que eu não iria para Campinas) e meu celular tocou (eram 8:45hs da manhã). Era o pessoal do RH dizendo que tinham aprovado o meu pedido de análise e, como meu prazo estava vencendo, eu tinha até as 10hs para apresentar toda a documentação e tomar posse do cargo. Saí correndo no meio da aula e liguei para o meu pai (que graças a Deus estava de férias) pedindo que levasse a pasta com meus documentos até a prefeitura antes das 10hs, que eu o encontraria lá. Aproveitando as férias, meu pai tinha deixado o nosso carro na revisão e estava sem nenhum transporte. Ele acabou indo de moto-taxi para a prefeitura e eu cheguei logo depois de ônibus. Passei pela Medicina do trabalho para renovar o meu exame que já tinha vencido e apresentei todos os meus documentos a tempo de assumir.
No dia seguinte ainda fui para Campinas e, como já tinha avisado que eu estava em processo de aceitação de outro cargo, tudo correu bem.
Comecei a trabalhar no cargo na semana seguinte e continuo nele até hoje.

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